sexta-feira, 22 de junho de 2012

Congonhas do Campo: Cenário de uma paixão

Congonhas vira cenário do romance: 'A Doutrina do Amor'...
Sou o que sou e vivo como desejo viver, cidadão honesto, pago meus impostos, cumpro com minhas obrigações e deveres, mas não aceito e nem permito que tirem de mim, o meu direito... O direito de ser livre, de ter minha vida e acima de tudo, não permitir que ninguém invada minha privacidade para dizer o que devo ou não fazer. Pego meu carro e viajo quando quero e para onde o meu coração me guia. Nestas viagens pelo Brasil a fora, acabei estacionando numa cidade mineira, na região central de Minas Gerais, pertencente ao Circuito do Ouro, Circuito Estrada Real e Circuito Vilas e Fazendas de Minas, cidade que recebeu da UNESCO o título de Patrimônio Cultural da Humanidade; estacionei onde não deveria ter me estacionado, em Congonhas.
Quem chega a Congonhas, na região do Alto Paraopeba, se impressiona. No alto de uma colina doze profetas vigiam atenta a cidade. As pessoas circulam lá embaixo, no vai-e-vem de seus afazeres diários, indiferentes aos olhares das estátuas. Elas estão ali, há muito tempo, desde o início do séc. XIX, e testemunharam a genialidade de um homem e o furor de uma época. Minas é terra de mistérios, de magia e segredos... As primeiras informações sobre a origem do povoado de Congonhas datam de 1734. Já em 1700 alguns portugueses se estabeleceram no Arraial dos Carijós (atual Conselheiro Lafaiete, a dezessete quilômetros), sendo que outros aventureiros continuaram a busca por novas lavras auríferas. Às margens do rio Maranhão foi se estabelecendo novos povoados.
Congonhas se tornou um importante centro de mineração e dela saíram grandes fortunas da época. As pepitas de ouro chegavam a ter o tamanho de batatas, na famosa lavra chamada Batateiro. Em 1796 a força do ouro trouxe ao então distrito de Congonhas o mago das formas, o escultor Aleijadinho, já consagrado naqueles tempos. Ali ele deixou para sempre a manifestação mais concreta da grandiosidade de sua arte.
Os tempos do ouro se foram, mas Congonhas é o testemunho vivo de que aqueles dias de glória realmente existiram. É possível sentir a espiritualidade das esculturas de Aleijadinho, que de tão teatrais parecem estar prestes a adquirir vida. Pode-se ver e tocar as suas formas, deslizar entre seus contornos, vivenciando a fé e a saga dos homens que construíram a história das Minas Gerais.
Pepitas de ouro do tamanho de batatas, o maior e mais magnífico conjunto de imagens barrocas do mundo e a festa do Jubileu, que chega a reunir centenas de milhares de pessoas... Congonhas impressiona... A cidade também adquiriu fama na década de sessenta, em virtude das curas efetuadas pelo médium Zé Arigó, que incorporava o espírito do médico alemão Fritz. Pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo, desenganadas pela medicina tradicional, convergiam para Congonhas em busca de cura. Até cientistas americanos da NASA estudaram o fenômeno.
O nome Congonhas vem do tipo de vegetação encontrada nos campos, uma planta que os índios chamavam Congõi, que em tupi significa "o que sustenta; o que alimenta." Nada mais sugestivo. Situada num vale e rodeada por imponentes montanhas a cidade hoje alimenta a alma dos que desejam reviver uma época dourada.
A cidade atrai pelos turismos que proporciona: Turismo Cultural, Turismo Histórico (Cidade Histórica), Turismo Ecológico, Ecoturismo, Turismo Religioso (atraindo turistas durante todo o ano e em especial milhares de romeiros visitam a cidade em setembro para o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, sem contabilizar os que vêm para Semana Santa que está entre as mais belas de Minas Gerais), Turismo Gastronômico – que atrai todos os anos turistas que vem para o Festival da Quitanda que acontece no mês de maio, Turismo de Negócios.
Outro atrativo da “Cidade dos Profetas” é o Parque da Cachoeira, um complexo de lazer que possui cinquenta e sete mil metros quadrados de área construída, com toda a estrutura de um imenso clube. Abriga em seu interior a bela cachoeira de Santo Antônio, além de dez piscinas de água corrente; com destaque para a piscina natural formada pelas águas advindas da cachoeira. Sua área de preservação abrange setenta mil e quatrocentos metros quadrados, onde se encontram diversas espécies de árvores como o jacarandá e quaresmeira, entre outras que proporciona uma visão de verdadeira beleza cênica. Na fauna do parque é possível encontrar animais como a maritaca, a paca, a lontra e o tamanduá-bandeira. O parque, inaugurado em 1984, possui área de camping, quadras poli esportivas, campo de futebol, teatro aberto, lanchonetes, restaurantes, estacionamento, playground, churrasqueiras e quiosques.
Uma cidade com povo humilde, simples e acolhedor; um povo religioso, que vive grandes romances, grandes paixões... Jovens e adultos, homens e mulheres seguem aproveitando deste maravilhoso presente de Deus para ilustrar suas histórias de amor...
É neste cenário artístico e cultural, de religiosidade, santidade e pecado que presenciaremos a maior história de amor que jamais poderíamos imaginar ser possível existir... Uma história de inocência e malícia, de sentimentos profundos capazes de mexer com as estruturas dos seres humanos e celestiais...
Fazendo um panorâmico pela cidade, podemos avistar o povo movimentando pela área central da cidade, namorando, pagando suas contas nos bancos, navegando pelas “lan houses” a conhecer o mundo inteiro pela net, outros aguardando condução para os conduzirem ao trabalho – as mineradoras; outros saindo da aula... Enfim, todos com seus afazeres, tocando a vida como era naturalmente de se esperar...
   
 (obs: esse texto é um trecho do extraído de um dos capítulos do livro: 'A Doutrina do Amor'.)


Série Romance LGBT
Congonhas do Campo / MG – 2012
Copyright© 2012 A Doutrina do Amor – Fabrício Soares
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